Obsessão Infinita - Yayoi Kusama

Quinta-feira, quarto dia de férias, resolvi que ia fazer algo em sampa, e fui ver a exposição  "Obsessão infinita" da Yayoi Kusama, no Instituto Tomie Ohtake.


Yayoi é uma das mais importantes artistas pop do japão , e eu ouso dizer, da atualidade. É conhecida como princesa das bolinhas. Suas obras refletem sua patologia, foi diagnosticada esquizofrênica muito cedo, e o TOC é presença certa em suas obras. São repetições e padrões que deixam sua obra diferente a apaixonante.


" — De uma maneira muito clara, e muito pura, ela encarna o mito do poeta doente; da ideia de que o artista faz o seu trabalho a partir do sofrimento e do trauma. A linha entre sua vida e sua arte é muito fluida e, algumas vezes, desaparece totalmente  (...)"

Devido à sua patologia, vive por vontade própria, a mais de 30 anos, em uma clinica psiquiátrica nos Estados Unidos,

Como fui em um dos últimos dias da exposição, o local estava lotado, e os seguranças das salas não nos deixavam ficar muito tempo nas salas, além de você visitar os ambientes com muita gente ao redor.

A exposição tem instalações, vídeos, fotos e imagens que mostram a obra de Yayoi, além de sua história.






Sua obra, na maioria com bolas e/ou formatos fálicos, são de um encantamento para os amantes de artes visuais. Cada ambiente dá uma vontade à mais de conhecê-la e conhecer à fundo sua obra. "Obsessão infinita" está presente em todos os cantos de sua exposição, mas, para mim, fica extremamente claro na sala de espelhos (Infinity mirror room - Phalli's field), local onde se tem espelhos por toda a parede, e objetos fálicos, com textura de bolinhas, colocados no chão. Esta é uma das instalações mais concorridas, sendo permitido ficar apenas 20 segundos, contados, dentro da sala.)





Na mesma sala, do lado contrário, há a exibição do filme Self Obliteration. Se você for com criança, ou tiver estômago fraco, não assista. O filme me impressionou, e não estou conseguindo palavras para descrevê-lo. Senti uma certa violência psicológica ao ver o filme.



Minha instalação preferida foi a Filled with the brilliance of live. Uma sala escura, pequena, com espelhos nas paredes, água nas laterais do caminho, e algumas luzes colocadas no teto, Esta é a sala que mais dá impressão de infinito, e a que eu mais queria ficar. Pareciam estrelas coloridas caindo sobre nós.







A instalação I'm here, but nothing é uma sala de estar, toda coberta com bolinhas, e luz fluorecente. O local e bem escuro, e dá uma sensação estranha quando se está dentro. É completamente incomum, e um dos pontos onde o TOC da artista fica mais visível.




Há também duas salas sobre o tema Obsessão por pontos. Uma delas é uma sala com bolas rosa.



A outra sala, (a que eu, sinceramente, me arrependi de ficar na fila), era a sala com maior fila quando entrei. é uma sala pequena, com mesa, prateleira, sofás. Na entrada você recebe uma cartela de adesivos de bolinha para colar na sala. Tinha muita gente, e a sala é bem pequena, então, não gostei muito desta sala. Então, antes de entrar na fila, verifique se você quer mesmo ir naquela sala.



A mostra vale a pena ser vista. Chegue cedo, pois a fila tem ficado enorme, confirme a sala para a qual você está pegando a fila e divirta-se com a obra de Yayoi.

Instituto Tomie Ohtake, .Avenida Faria Lima,201. Entrada pela rua Coropés -Pinheiros- São Paulo.
A fila fica aberta das 10h às 18h. O instituto fica aberto ate as 20h.
PS: a exposição fica até dia 27/07

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