Sobre A vergonha que senti, ou A pré-estréia que eu (não) fui.


Pois é, demorei pra escrever por não ter palavras para falar. Ainda estou inconformada pelo que aconteceu ontem, na pré-estréia com debate do Filme Faroeste Caboclo.
A foto sai como nosso espírito está, e eu, estava decepcionadíssima!


Cheguei as 17h, para pegar ingresso às 19h, e peguei uma fila já grande. A minha primeira decepção: Pessoas cortando fila. Pois é, não deveriam ter 80 pessoas na minha frente, e mesmo assim, peguei um dos últimos ingressos. Cortaram muita fila.

Até aí, um desrespeito das pessoas e uma falta de organização da Livraria Cultura, que não esperava o número de pessoas. Haviam mais de mil pessoas na fila, para aproximadamente 300 lugares. Era impossível que todos conseguissem entrar mesmo.

Outra grande frustração minha foi que, ao abrirem a sala para quem estava com o ingresso entrar, quase todos que estavam sem ingresso invadiram a sala. sim. INVADIRAM. Abriram uma porta que estava apenas encostada e entraram, como uma boiada quando a porteira abre, sabe?

Tudo bem , minha gente, foi falta de organização? Foi. Mas NADA, absolutamente NADA justificada essa entrada clandestina na sala de cinema.

Me envergonhei, pois mesmo com o apelo do organizador, as pessoas teimaram em ficar dentro da sala. Mesmo com o organizador dizendo que ganhariam ingressos para o filme, as pessoas queriam ficar alí.

O erro maior não foi o da organização, que confiou nas pessoas, foi nas pessoas, que insistiram em errar, e fazer o evento dar problema.

E algumas que estava com ingresso ( sua maioria, na verdade) começaram a bater boca com quem estava sem ingresso. Ou seja, perderam completamente a razão. Gritar palavras ofensivas aos que invadiram, não ajudou em nada. Apenas piorou a situação.

E sabe o pior ? Essas pessoas, que furaram fila na hora de pegar o ingresso, que invadiram a sala como uma boiada, e que gritaram batendo boca, não deixaram o organizador falar, são essas pessoas que reclamam que políticos são corruptos, essas que reclamam da roubalheira no governo, que reclamam que a virada cultural não foi cultual. Essas que ficam sentadas no sofá, reclamando da vida, enquanto a roubalheira acontece. Porque elas fazem parte disso.

Um dia eu ouvi que eu deveria ser a mudança que eu quero no mundo. E ontem eu fui. Eu, e algumas pessoas, respeitamos, aguardamos, e fomos embora, mesmo com ingresso, para evitar confusão.

Mas e você, que fura fila, que entra clandestinamente numa sala de cinema sem ingresso, que grita com o próximo, que levanta a voz perdendo a razão, estendendo para a vida; você que não cede o lugar preferencial, você que não diz obrigado ao perguntar algo, você que não pede licença. Essa é a mudança que você quer no mundo. E eu não estou perguntando, eu estou afirmando.

Da próxima vez, você, que atrapalhou um evento ótimo, chegue mais cedo, não fure fila, e respeite o próximo. Porque eu tenho certeza que não havia ninguém que não recebeu uma educação. Coloque-a em prática. Porque reclamar, é a coisa mais fácil que existe, agora SER, aí ja se torna difícil para quem não quer.

Pra vocês eu desejo um pouco do que eu aprendi. Respeito, Honestidade e Paciência. Se não pelo próximo, por você. Até por egoísmo, é necessário ter essas qualidades.

Ps: Eu não fiquei no evento, mas soube que começou com uma hora de atraso, e sem o bate-papo esperado inicialmente, e pro qual eu fui.

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