Eu ví: Reza a Lenda

Olha, fui no cinema porque tava cansada de ficar em casa, e resolvi ver Reza a Lenda. Ia esperar pra assistir em casa, mas ja que eu estava lá, porque não né ?

Aí que aconteceu uma coisa foda: o filme é extremamente bom, daqueles que você assiste, e quer assistir de novo, e quer assistir novamente.

         


Com uma trilha sonora completamente correta, uma fotografia linda, um roteiro incrível, Reza a Lenda trás a brasilidade com uma força e uma crença que só o brasileiro tem. 
Na Caatinga, em baixo do sol quente, numa terra de ninguém, vive um grupo de motoqueiros que prezam por um milagre: fazer chover. Esse milagre só acontecerá quando a santa certa estiver no lugar certo. Com ajuda de um mago, os motoqueiros descobrem qual a santa e onde colocá-la, porém o dono da santa não fica nada feliz com o roubo, sua fúria é trazida no modo mais cruel e ele começa a caçar os motoqueiros. No meio desta loucura toda, Laura é salva de um acidente, e começa a despertar os problemas internos do grupo.

Me arrisco a dizer que é um dos melhores filmes nacionais que ja assisti. A história é incrível, e traz uma mensagem final que eu achei incrível, e não havia visto quase nada parecido. Achei lindo assistir um filme desse peso no cinema, ver um filme nacional que não fosse "comédia pastelão" no cinema, e sim, ver um filme de ação/drama brasileiro com tanta qualidade, ou mais, ja que a história é incrível, que um filme americano.

Não consigo expressar em palavras o quanto o filme mexeu comigo, e como eu quero que vocês assistam. Sério.NENHUM Brasileiro deve deixar de assistir reza a lenda.

Ah: Dá um aperto no peito pensar que a necessidade e a espera de chuva seja verdadeira.

Filme: Reza a Lenda
Direção: Homero Oliveto
Lançamento: 2016

Quando a última flor cair.

Quando a ultima flor cair, e ela há de cair,não haverá mais sentido no dia, na noite. No inverno ou no verão.
Quando a última flor cair, e ela há de cair,cairão junto meus sentidos. Não haverá mais paladar, olfato, visão, audição e tato.




Quando a última flor cair, e ela há de cair, cairão também os poderosos. Cairão os grandes, os ambiciosos. Cairão os pequenos, os simplórios. Cairão todos, pois a última flor caiu.
Quando a última flor cair,e ela há de cair, cairão os conceitos, os preceitos, os pré-conceitos. Cairão as diferenças, cairão as discriminações, cairão as mudanças, cairão as classificações.
Quando a ultima flor cair, e ela há de cair, cairão os bens materiais, cairão casas, carros, dinheiro. Cairão os ricos e os pobres. O fraco, o oprimido, o opressor.
Quando a última flor cair, e ela há de cair, cairão as dores, o mal, o terrível. Cairá a culpa, a gana, a gula.
Quando a última flor cair, e ela há de cair. Cairei também. Descerei aos infernos, subirei aos céus, passarei por planos e contra-planos. Conhecerei o inconhecível, verei o invisível, e esquecerei o inesquecível.
Quando a ultima flor cair, e ela há de cair.




Olhe

O mundo gira mais rápido. Olhe para o lado, não para seu umbigo. Se olhar apenas para seu umbigo, tudo em volta fica turvo
Olhe mais para o lado. Olhe mais para o outro. Pare de se preocupar só com você. O outro também tem sentimentos. Sentido.
Vontades. Olhe para o lado, olhe mais para o lado. Quando você olhar pro lado, depois de tanto tempo olhando para o
umbigo, não esqueça que quando olhar pro lado, tudo estará tremento. voce ficará tonto. cairá. então, olhe para o lado

'Alta exposição'

Com os anos aprendemos a ser nós mesmas. 
Quando estamos entrando na adolescência, queremos ser algo para alguém. Queremos nos mostrar o que não somos, normalmente, para chamar a atenção de alguém.
Os tempos passam, e entendemos que isso não é mais necessário. Quando ficamos mais velhos, vamos entendo um pouco mais das coisas, vemos que ser nós mesmos é algo que não devemos nos envergonhar.
Se não gostam de mim pelo que eu me mostro, me desculpa, mas não posso mudar.
Eu uso meu cabelo da forma que acho melhor, eu corto, pinto, aliso, cacheio, do jeito que EU gostar.
Eu faço minhas modificações corporais, uso as roupas preferidas, e me maquio como quiser.

Tenho um preceito, hoje, que é ser eu mesma independente de qualquer um. Seguir minhas vontades, seguir meus caminhos, e se a pessoa que esta comigo continuar comigo, é assim que deve ser. Se não continuar, não é fingindo ser outra pessoa que ela vai estar conosco.

Só estamos completos quando nos transbordamos de nós mesmo. Pode acontecer o que acontecer, o coração transborda o sentimento real. Transborda ser nós. Transborda verdade. E, se há verdade, tudo se encaixa como deve ser. O caminho é nosso, real, verdadeiro, inspirador. Seja verdade.

Primeiro Capítulo

Ali, em meio ao cinza e as ruínas do que já foi sua casa, Alice caminha. No meio dos tapumes e entulhos, uma janela quebrada reflete sua face. Ela já não se reconhece mais. Tinha sido tudo tão bom antes deles chegarem.

_*_
            
           Fazia cinco dias que Alice chegara à casa nova, acompanhada dos pais e do irmão mais novo, Jonas. Era uma casa grande, escolhida a dedo pelos pais. Um quintal grande, cercado por um muro alto, uma balança em baixo da árvore e espaço de sobra para os exercícios de Alice. Seu quarto, escolhido antes mesmo de chegar à casa, era lá em cima, uma espécie de sótão. Com janelas espalhadas pelo quarto, a luz que entrava trazia a Alice uma paz que não encontrava em outros lugares. Dalí podia ver toda a cidade. E podia chorar nas noites escuras em que percebia que não poderia estar lá.

_*_

            Alice passou em frente à nova sede, agachada, atrás dos arbustos. Quis gritar quando alguém passou por perto, mas ele foi mais rápido, a segurou pela boca e a levou a uma viela escura, ao lado da passagem principal. Ainda com a boca tapada, ele empurrou sua cabeça a frente e tirou o cabelo da nuca. Ali, onde antes estava o chip, agora esta somente uma marca. Ele percebeu que ela não fora pega por eles.  Soltando-a, Alice corre ao canto mais escuro, e reconhece aquele rosto, tão sonhado por ela em outros tempos.

_*_

            Da sua janela, Alice via as crianças do bairro brincando, via as meninas, indo para a escola, todas arrumadas, e o via passar em frente ao seu portão e observar o grande muro todos os dias. Queria gritar sempre que o via, queria pedir que ele subisse para vê-la. Era uma sensação incontrolável, mais forte que sua existência, e sem razão. Mas ela tinha certeza que ele não sabia de sua existência. Aquele dia, porém, essa sua certeza foi abalada. Ele levantou os olhos verdes, que mesmo de longe eram incomparáveis, e, de alguma forma, ela sentiu que ele tinha a visto. Ele apenas sorriu com o canto da boca, e continuou sua jornada. Pra escola, ela achava. Ela achava.

_*_

‘Mas, que merda! O que você está fazendo aqui? Quer que te encontrem, coloque o chip novamente e achem todos que tentamos salvar? ’   
‘Que porra você está fazendo aqui? Eu disse que ia sair, que ia achar alguém, que ia trazer mantimentos. ’
            ‘Claro, sozinha, você ia levar mantimentos para todos? E você veio buscar mantimentos aqui. Não se rebaixe Alice, fala logo que você veio procurar a merdinha dos seus pais, que te deduraram assim que colocaram as mãos neles.’
            Alice tirou a faca do bolso, encostando Vitor na parede, com a faca na sua garganta. ‘Cala a boca e não fala deles. Eu quero ver meu irmão’
            Ele soltou uma risada baixa, com os olhos de deboche que só ele sabia fazer. ‘Seu irmão tá morto Alice. MORTO. Dá pra entender? Você viu. ’  Num movimento rápido desarmou Alice, segurou em seus braços e a puxou para a passagem já muito conhecida por ambos.  
‘ Vamos embora antes que te peguem e você acabe com todos nós’.  
‘Babaca’.
‘Mas um babaca que está salvando a vida de toda a sociedade que você deixou pra trás’

_*_

            ‘Porque eu não posso ir pra escola normal? Como todo mundo que passa na rua? ‘
‘Ai Ali, você não ama seus pais? Estar aqui conosco? Ficar conosco? Pra que ir pra esse mundo que só vai te enganar?’
‘Mas todos parecem tão felizes’
‘Você é feliz aqui, não é meu bebê?’
‘Mãe, eu já tenho 15 anos, há tempos não sou mais seu bebê. Quero sair, conhecer as pessoas, ver algo além desse muro cinza que cerca nossa casa’
‘Um dia você vai entender meu amor, o mundo não é para você’.
            Alice subiu para seu quarto, com os olhos marejados e as mãos tremendo. Ela queria sair, ela queria ver as pessoas, ela queria vê-lo de perto. Chegando a seu quarto socou a parede, já calejada por seus ataques, e abriu com facilidade mais um buraco para o mundo externo.
‘Ótimo, mais um motivo pra ser castigada. ’ Sentou no parapeito e olhou pra fora. Ele estava ali, olhando novamente para a janela do seu quarto. Pensou ter ouvido seu nome ser sussurrado ao movimentar dos lábios daquele garoto. Era impossível, não era?

_*_

            Já de volta ao Ciclo, Alice entrou correndo, e foi para o quarto dela. Se é que aquele cantinho escuro no canto da caverna pudesse ser chamado de quarto. Paulo chegou perto e começou a despejar.
‘Alice, para, por favor. Você sabe o quanto eu te amo, mas é impossível com você fugindo e escapando de mim sempre que pode.’
‘Eu não tô fugindo de você Paulo, me entende. Eu quero achar meu irmão, eu quero matar o filha da puta do Daniel, e quero colocar a cidade novamente nas mãos do Clã’.
‘Mas você não pode fazer isso sozinha, meu bem. ’     
E foi encostando suas mãos no pescoço dela. Alice logo desvia e com os olhos furiosos retruca: ‘ E você que vai me ajudar? Parado aí? Com medo de ir buscar a porra da água do outro lado da rua? É você que vai comigo Paulo?’
‘Você não pode me tratar assim toda vez que não gosta do que falo’.
‘Porque você ainda tá aqui Paulo? Eu tô cansada, eu quero ficar sozinha, e se não sair por bem, você sabe que sai por mal’
‘Tá bom, tá bom. Eu saio, mas pensa bem, você tá afastando o cara que mais te ama nesse lugar’
‘Amor? Vai se fuder Paulo, você só tá interessado no meu poder, e na proteção que eu ofereço, ou melhor, eu oferecia a você. Você deixou a porra do Vitor ir atrás de mim, e ficou aqui, sentado, esperando. ’
‘ Você vai se arrepender’
‘ Vai se foder!’

_*_

             Alice pensou a noite toda naquela voz, e não conseguiu dormir enquanto os olhos verdes e a voz forte invadia seu pensamento. Não era possível que houvesse outros, era? Se era, porque ela estava ali, trancada, e ele lá fora, caminhando, vivendo? Era injusto. Ouviu um barulho e se pós logo em pé, correu a janela e viu, lá fora, os passos donos daqueles olhos, e possivelmente daquela voz.
‘Eu vou te tirar daí, você não está segura’
Dessa vez, com seus olhos fixos nos dele, ela pode ouvir claramente o que ele dizia.
‘Eu estou segura, eu estou com meus pais, eles estão me protegendo do mundo’ pensou Alice.
‘Você não está segura Alice’ - Se assustou com a voz na sua mente, como se ele tivesse ouvido seus pensamentos. -  ‘ Você não entende o que acontece no mundo aqui fora. Aí é perigoso pra você. Mas eu prometo, eu vou te tirar daí. ’

_*_

             Alice cruzou a sala com os olhos, e se deparou novamente com os olhos em Vitor. É impossível escapar daqueles olhos, por mais que ela tentasse fugir.
               ‘ Para de fugir sozinha Alice. ’ - Ela quis desviar o olhar, mas não conseguia. Precisava dizer o quanto o odiava, e não queria ele por perto. - ‘E para de me odiar, você sabe que o que fiz foi certo, que eu não deixei você na mão. Não foi traição Alice.’ Ela apenas cerrou os olhos e virou para a parede. Não podia mais lidar.


Achei Aqui


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Gente, to aqui cheia de amor abrindo pra vocês o primeiro capítulo do meu livro ( ou da minha história) ainda sem título, e cheio de amor. Espero que vocês gostem. Comentem aqui o que acharam, se gostaram, o que acham que vai acontecer? <3 

Quando você entende o que é saudade.

Oi, meu nome é Tamires, e eu sempre me disse livre de todo e qualquer aprisionamento. Mas não é bem assim. Faz 3 meses que mudei de cidade. Sai da minha São Paulo, e vim pra Iguaba Grande, pra poder estudar meu sonho, Produção Cultural em uma das melhores federais do Brasil. Não estou reclamando disso, e nunca vou reclamar. Esse lugar é o paraíso. Praia, sol, calor, gente linda e curso incrível. Me encontrei em meu curso, e encontrei um cantinho. Já falei sobre isso aqui.

WeHearIt
Mas hoje,longe de tudo, percebi o que é sentir, de verdade, saudades. Não estou exatamente sozinha, moro com meus tios e meu primo,mas passo pouquíssimo tempo em casa, minha vida é: faculdade-estrada/estrada-faculdade. Sabe quando você percebe que a saudade ta aqui? Quando você chora, como uma boba, por causa de um áudio enviado por uma amiga, só com a voz deles, fazendo perguntas triviais. Quando você quer ligar pra sua mãe a cada coisinha que acontece, e lembra que não pode correr pra lá quando algo ruim acontece. Quando seu amigo manda um texto no facebook que te faz chorar só ao ler: comprei um doce que lembrou você. Quando seu amigo te manda uma foto dizendo: olha quem está aqui, com seu outro amigo na foto, e você chora por isso. Quando você olha a propaganda da sua balada preferida, e seu olho lacrimeja porque vai ter a festa mais foda de todas sem você. Quando sua amiga precisa falar com você, mas você não quer ligar pra ela, porque sabe que vai chorar assim que ela disser: oi.
Meu choro é o sinal das saudades.
Eu não sei fazer amigos, é a coisa mais difícil que ja existiu. Sair de São Paulo é mais difícil do que eu esperava. Porque lá, as pessoas se fizeram minhas amigas, se fizeram meu chão, minhas irmãs e meus irmãos postiços. Aqui? Ainda me sinto sozinha, ainda me sinto excluída, ainda me sinto fora do todo. Não vou ter o chão que eu tenho lá. Nunca. Posso fazer amizades, mas meu porto-seguro será sempre os meus paulistas, que deixei por alguns momentos, e jaja to voltando.
Por isso, meus paulistas, só pra avisar, eu apareço pouco porque a saudades ta enorme, e a dorzinha que ela trás é boa e ruim, e se eu falar com vocês vou chorar muito, tá?
Obrigada por tudo que está acontecendo universo, mas me deixa ver mais meus meninos, ou faz o tempo passar bem rápido, porque a saudade ta apertada, dolorida.

Não é

           Não é porque o relacionamento acabou que o amor tem que morrer. É algo tão grande esse tal de amor, que não é um fim que o apaga. Uma vez ví uma entrevista, não lembro de quem, que falava que ela ainda amava todos os seus ex. Relendo minhas mensagens no facebook, percebi que eu ainda amo todos os meus ex( até o platônico). Até porque, o amor que eu senti por cada um, era um amor diferente. Nunca namorei por namorar. Confesso que não foram namoros duradouros, nem arrebatadores, mas foram todos cheios e completos de amor. E eu ainda amo cada um deles.
Nelly&Josh

        Não é porque o relacionamento acaba que ele não deu certo. SIM. O relacionamento deu tão certo quanto podia dar, a não ser que vocês se odeiem, e isso não faz sentido, o relacionamento funcionou. Por uma semana, um mês, dois meses, três anos. Funcionou até quando parou de  funcionar. Lia disse: "Eu te amo, só não gosto mais de você". E é assim em toda a minha vida, e espero que seja assim na sua vida também.
         Quando você percebe que os amores não precisam acabar, que você não precisa odiar seu ex, e que a palavra EX não é tão complicada assim, você cria um circulo de amizades cheias de felicidade. Claro, sempre tem aquele ex que a paixão não acabou, mas aí o relacionamento não precisava ter acabado. MAS, se o relacionamento acabou, migs, segue.
          Não ignore o seu ex. Não o odeie. Principalmente, não apague suas fotos. Sua vida tem uma história tão linda, e hoje nós só mantemos nas redes sociais. Quando apagamos as fotos do ex, dizemos: Isso não fez parte de mim, isso não fez parte da minha história. E, acredite em mim, você vai se arrepender disso.
          Eu acho que já falei sobre esse assunto alguma vez antes, mas merece reply. Continue amando os seus ex, isso mostra o quanto o relacionamento valeu. E se você não ama mais seu ex , não é errado não gata(o), mas talvez, você nunca o tenha amado.