ao (a)mar

Os olhos se direcionaram ao mar. ao amar. Me sujeito ao sujeito imperfeito do outro, pra em mim se sujeitar a ser completo o sentimento. Me aproximo ao me aprofundar do escuro olhar e ao cair, sem medo, nos braços do navegante. e navego  no mar sem fim ao ver sorrir quem quero bem.
Ao menino do sorrir passante, que mais do que antes, se envolve em meus pensamentos. Ao pensar em ser errante, e errar ao pensar estar inteiro, estando na metade do que foi antes. E me entregar por completo ao distante, querendo que sua voz, atravesse os mares dissonantes, e chegue afinado aos ouvidos dos amantes que usam de tuas para fazer as palavras deles. Que chegue aos meus ouvidos os murmúrios do teu pensar,abrindo o leque para ser mais do que apenas amar.
Se em teus passos, menino, me espelho para caminhar, espero, no fim, encontrar-te. Parado.Sonhando aquele sonho acordado, que depende do outro também. E faças de mim o outro, que em tua pele, aos poucos, invade e te faz bem. Deixe-me ser a cura dos males que teu coração, cansado, habitam a tantos ares.

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